Versão resistente a remédios seria uma ameaça, dizem pesquisadores.
Mosquito 'Anopheles' |
Uma descoberta publicada nesta quinta-feira (6)
levantou um alerta entre os cientistas quanto aos riscos do desenvolvimento de
uma versão mais resistente de um parasita da malária.
Uma equipe internacional de cientistas analisou genes
do Plasmodium vivax encontrados
no corpo de pacientes infectados em três diferentes continentes e descobriram
as mesmas mutações genéticas em todos eles.
Essa semelhança, segundo os pesquisadores, é um sinal
de que a circulação humana está espalhando o parasita pelo planeta. Se uma
pessoa é infectada na África e picada por um mosquito na Ásia, por exemplo,
esse parasita é levado a um novo continente.
Isso é preocupante, pois existe apenas um remédio capaz
de eliminar o P. vivax alojado no fígado dos pacientes, e não há
vacina contra a malária.
“Se surgir um parasita resistente aos remédios, com as
viagens modernas, quanto tempo levaria até que essa resistência se espalhasse
pelo mundo?”, questionou Peter Zimmerman, pesquisador da Universidade Case
Western, dos EUA.
“Os dados sugerem que isso pode se tornar um problema
rapidamente”, completou o autor do estudo publicado pela "PLoS Neglected
Tropical Diseases".
Existem diferentes espécies de protozoários do gênero Plasmodium que
causam a malária, e a P. vivax é apenas uma delas. O agente causador
da doença é transmitido pelos mosquitos do gênero Anopheles.
Fonte:
O Globo
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