POR RIO CONTRA DENGUE
Febre alta que
surge de repente, dor de cabeça, dores musculares, articulares e manchas na
pele. Estes são alguns dos sintomas da dengue. Mas o que fazer se eles
aparecerem? A primeira e principal recomendação é procurar logo atendimento
médico.
Na maioria dos
casos a cura ocorre entre cinco e dez dias, mas como não é possível afirmar
como será a evolução da doença, é preciso ter acompanhamento. Somente o médico
pode, de acordo com o exame clínico, definir o tratamento a ser seguido e
avaliar a evolução da doença.
Mas há algo
que pode ser feito ainda em casa ou a caminho do serviço de Saúde: hidratação
(reposição de água no organismo). Ela é fundamental no tratamento da dengue,
porque durante o curso natural da doença ocorre a perda da parte líquida do
sangue dos vasos.
Ainda em casa
ou a caminho do médico, beba bastante líquido, com exceção de bebidas alcoólicas.
Mas não tome remédios! A automedicação nunca é recomendada, e nos casos de
dengue são
especialmente contraindicados remédios que contenham Ácido Acetil Salicílico
(AAS). Umas das consequências da infecção causada pelo vírus da
dengue é a diminuição do número de plaquetas no sangue e o AAS pode reduzir
justamente a adesão das plaquetas.
Com
acompanhamento médico, a maior parte dos pacientes com dengue se recupera bem,
sem necessidade de internação. Mas como a infecção pelo vírus pode causar desde
formas brandas até quadros graves, é preciso estar atento a possíveis sinais de
agravamento da infecção.
Sinais e
sintomas como vômitos, dor abdominal intensa e contínua, desconforto
respiratório, sonolência ou irritabilidade excessiva e sangramento podem
aparecer entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, quando a febre
cede.
A atenção
também deve ser redobrada com idosos, grávidas, crianças e pessoas com
hipertensão arterial, diabetes, asma brônquica e outras doenças respiratórias
crônicas graves. Vale lembrar, ainda, que somente o médico poderá avaliar a
situação de cada paciente e definir o tempo de observação e quando terá alta.
Chikungunya
e zika
Os sintomas da
dengue são parecidos com a chikungunya e da zika, doenças que também são
transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Mas há algumas pequenas variações. A
chikungunya, por exemplo, também causa febre alta, dor de cabeça, dores
articulares e dores musculares. Mas embora os sinais e sintomas sejam
parecidos, a intensidade é diferente.
A dor nas
articulações (artralgia) geralmente é mais intensa. Além disso, a chikungunya
eventualmente causa quadros mais crônicos com sinais e sintomas que podem se
arrastar por meses. Outra diferença é em relação à ocorrência de casos graves.
Se na dengue os casos graves já são raros, nos de chikungunya estes casos são
ainda menos numerosos.
A semelhança
da zika com a dengue é em função de alguns sinais e sintomas apresentados pelos
pacientes como: febre; manchas pelo corpo com coceira; dor de cabeça e nas
articulações, além de enjoo e dores musculares. Um diferencial é a presença de
olho vermelho em alguns casos de infecção por zika, geralmente sem incomodar.
São doenças
que possuem sinais clínicos muito semelhantes, sendo, por vezes, de difícil
diferenciação. Entretanto, para o tratamento adequado o mais importante não é
saber se você está com dengue, zika ou chikungunya, mas sim acompanhar os
sintomas e tratar de acordo com o aparecimento deles, porque são doenças que
não possuem tratamento específico, somente se poder tratar os sintomas.
A recomendação
é a mesma em relação às três doenças: se esses sinais e sintomas surgirem,
deve-se procurar a unidade de saúde mais próxima para o médico avaliar os
sinais clínicos e ir acompanhando e tratando de acordo com cada caso. Portanto,
assim como nos casos de dengue, não há um tratamento específico para
chikungunya e zika, apenas para tratar os sintomas. Além de hidratação.
Acesso em 18/11/15, divulgação em 16/11/15.
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