Com as pancadas de chuva que estão
chegando ao Rio de Janeiro nesta semana e as altas temperaturas, a população
deve redobrar a atenção no combate à dengue. "Esta é uma semana crucial,
porque milhares e milhares de ovos de Aedes aegypti que estavam nas
casas das pessoas estão se transformando em larvas e, em uma semana, terão se
transformado em milhares de mosquitos aptos a transmitir a doença", alerta
o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Ricardo Lourenço. "A
ação da população é fundamental durante todo o ano, com vistorias semanais em
suas casas e quintais. Especialmente nesta semana de início de chuvas a atuação
precisa ser intensificada", afirma o biólogo.
Além de caixas d’água completamente
vedadas, Ricardo chama atenção para a vistoria de criadouros menos evidentes,
como calhas de chuva, ralos externos, vasilhas de animais, bandejas de
ar-condicionado e de geladeiras, vasos sanitários desativados ou pouco usados,
entre outros.
Altas temperaturas e chuvas são uma
combinação que favorece o aumento da população do mosquito transmissor da
dengue, com um duplo resultado. "Em contato com a água das chuvas, os ovos
colocados há semanas ou meses nas casas puderam dar origem a novos mosquitos.
Ao mesmo tempo, com as chuvas, aumenta a oferta de criadouros para as fêmeas do Aedes
aegypticolocarem seus ovos. É um ciclo que precisamos interromper com uma ação
simples, semanal, de vistoria das nossas próprias casas", Denise reforça.
"Neste momento em que a curva da doença ainda está em ascensão, então a
interferência em criadouros é estratégica", destaca.
Dez minutos por semana são suficientes para combater o
mosquito
Desenvolvido por pesquisadores do
Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a proposta do conceito 10
Minutos Contra a Dengue é usar apenas 10 minutos por semana para
remover criadouros no ambiente doméstico e peri-doméstico, de modo a interferir
no ciclo de desenvolvimento do vetor, impedindo que ovos, larvas e pupas do
mosquito cheguem à fase adulta. "OAedes aegypti vive e se reproduz,
em geral, dentro e no entorno das residências, por isso temos que ter cuidado
redobrado com nossas casa. Se cada um fizer a sua parte, poderemos ter um verão
com baixo índice de casos da doença", completa Ricardo Lourenço.
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Fonte: Instituto Oswaldo Cruz
Acesso em 16/01/2013, divulgação em 15/01/2013
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