Atualmente, 103 armadilhas (ovitrampas) para captura de ovos do mosquito estão instaladas em Noronha, permitindo saber os locais de maior população do Aedes, os períodos do ano de maior infestação pelo vetor e as áreas de maior risco de transmissão da dengue, entre outras informações. A localização de cada uma delas é registrada com um aparelho de GPS.
Juntos, os profissionais de saúde de Fernando de
Noronha e do centro de pesquisa definiram critérios prioritários para
intervenções nas vilas e nos imóveis. As vilas estão sendo priorizadas;
respectivamente, pela presença do vírus dengue, a quantidade de vetores e o
número de habitantes. No caso dos imóveis têm prioridade, nessa mesma ordem, os
que representam maior risco de transmissão da dengue (hospitais, escolas e
pousadas) e os com maior densidade do vetor.
Ovitrampas
As ovitrampas contêm duas palhetas e larvicida
biológico (BTI) que estimula as fêmeas do mosquito a colocarem seus ovos nesses
recipientes. De 25 a 27 de cada mês, essas palhetas são coletadas para a
contagem dos ovos. Depois são feitas as análises dos dados e até o dia 14 do
mês seguinte o mapa de distribuição geográfica do mosquito está pronto para
orientar as ações. Até dezembro de 2012, a contagem dos ovos era feita na
Fiocruz PE, onde imagens digitais das palhetas eram feitas para facilitar a
contagem dos ovos, mas a partir de 2013 todo o trabalho será feito em Noronha.
“A equipe local de saúde terá autonomia para fazer toda
a coleta e contagem dos ovos, a análise dos dados e tomarem decisões, uma vez
que nossa parte nessa experiência, a parte científica, de pesquisa, foi
concluída”, explica Lêda Regis. No arquipélago a contagem será feita
inicialmente com lupa, até que um novo protótipo do sistema de digitalização de
palhetas seja disponibilizado por pesquisadores do Centro de Tecnologia e
Geociências da Universidade Federal de Pernambuco.
Fonte: FioCruz Por Fabíola Tavares
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