Todos
os 5.565 municípios brasileiros receberão os recursos adicionais. Nos últimos
dois anos, houve redução de 77% nos casos graves da doença e 57% nos óbito.
Para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, o Ministério da Saúde está repassando R$ 173,2 milhões a todos os municípios brasileiros. Deste total, R$ 143,6 milhões serão destinados às secretarias municipais de saúde e R$ 29,7 milhões às secretarias estaduais de saúde. Os recursos são para qualificação das ações de combate ao mosquito transmissor da doença Aedes Aegypti, o que inclui o aprimoramento dos planos de contingência. No verão passado o Ministério repassou R$ 92 milhões para 1.180 municípios.
Mais de 190 milhões de pessoas
serão beneficiadas com as medidas de controle e prevenção da dengue. O
adicional representa um subsídio de 20% do valor anual do Piso Fixo de
Vigilância e Promoção da Saúde e será repassado em parcela única.
Em contrapartida, os municípios
precisam cumprir algumas metas, como disponibilizar quantitativo adequado de
agentes de controle de endemias; garantir cobertura das visitas domiciliares
pelos agentes; adotar mecanismos para a melhoria do trabalho de campo; realizar
o LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação por Aedes
Aegypti) com ampla divulgação nos veículos de comunicação locais;
notificar os casos graves suspeitos de dengue, entre outras ações.
CASOS
DA DOENÇA - O Brasil registrou
77% de redução nos casos graves de dengue no período comparativo entre janeiro
a dezembro 2010 e janeiro a dezembro de 2012. No ano passado, até 22 de
dezembro, foram registrados 3.965 casos graves em todo o país, contra 17.475 no
mesmo período de 2010.
O estado que apresentou maior
redução de casos graves, neste período de dois anos, foi Roraima, com queda de
99%, seguido por São Paulo (97%), Rondônia (96%), Acre e Minas Gerais (95%) e
Mato Grosso do Sul e Amazonas (94%). Em números absolutos, o estado de
São Paulo foi o que contabilizou a maior redução de casos graves - 82 casos de
janeiro a dezembro de 2012, contra 2.905 no mesmo período de 2010. A redução
foi seguida pelo estado do Rio de Janeiro, com 885 casos graves, em 2012,
contra 2.563 em 2010.
ÓBITOS
- Seguindo a mesma tendência,
o número de mortes por dengue, no Brasil, também apresentou queda, de 57% em
comparação com 2010. De janeiro até 22 de dezembro de 2012 foram confirmados
283 óbitos, sendo que no mesmo período de 2010 foram 656.
Se a comparação for feita com
2011, quando ocorreram 484 mortes, o percentual de queda é de 42%. Destaque
também para os estados do Amapá, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito
Federal que não apresentaram nenhuma morte.
CHUVAS
- O aumento das chuvas e o
calor contínuo no verão, em diferentes estados, favorecem a proliferação do Aedes Aegypti. “A prevenção precisa ser
mantida, mesmo com a redução nos casos graves de dengue”, afirma o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha. Ele lembra que as ações de prevenção não podem ser
interrompidas com a mudança dos gestores. “Faço um apelo aos novos prefeitos,
que iniciaram o mandato em janeiro, para continuar o trabalho já realizado
pelos antecessores. A combinação do trabalho preventivo em cada residência, com
as ações do poder público, é capaz de reduzir a presença do mosquito do
Aedes aegypti no meio ambiente e, consequentemente, evitar epidemias”, observa
o ministro.
O secretário de Vigilância
em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, lembra que no período de
dezembro a maio, a população deve redobrar os cuidados com suas casas,
verificando o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a
eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e
virar criadouros do mosquito. Além disso, é importante cobrar o mesmo cuidado
com ambiente público, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza
de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.
Aos primeiros sintomas da dengue
(febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a
recomendação é que a pessoa procure o serviço de saúde mais próximo. É
fundamental não tomar remédio por conta própria - pois isso pode mascarar
sintomas e dificultar o diagnóstico - devendo ainda estar alerta para sinais de
agravamento, como vômitos e dores abdominais. “A única medida que a pessoa deve
adotar é a ingestão de muito líquido, como água, sucos ou chás, até que seja
atendida por um profissional de saúde. Além disso, tomar um medicamento
inadequado como à aspirina ou o Ácido Acetilsalicílico (AAS), pode contribuir
para agravar o quadro do paciente, aumentando a chance de morte”, alerta o
secretário.
Acesse AQUI para conferir a tabela dos casos de dengue.
Fonte: Portal da Saúde
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