Estão abertas as inscrições para a edição de inverno do VER-SUS.
Saiba como participar do programa de estágios e vivências.
Os estágios
e vivências no SUS propiciam aos estudantes a experimentação de um novo
espaço de aprendizagem, que é o cotidiano de trabalho das organizações de redes
e sistemas de saúde. O trabalho na saúde
é entendido como dispositivo educativo e espaço para desenvolver
processos de luta dos setores no campo da saúde, possibilitando a formação de
profissionais comprometidos ética e politicamente com as necessidades de saúde
da população. O projeto VER-SUS/Brasil pretende estimular a formação de
trabalhadores para o SUS, comprometidos eticamente com os princípios e
diretrizes do sistema e que se entendam como atores sociais, agentes políticos,
capazes de promover transformações. Assim, a proposta do Ministério da Saúde,
em parceria com a Rede Unida, com a Rede Colaborativa de Governo/UFRGS, com o
CONASS, com o CONASEMS, com a UNE, com os gestores municipais, e com outras
entidades está propondo retomar em grande escala os estágios e vivências no SUS
para que estudantes universitários dos diversos cursos com atuação na
saúde vivenciarem a realidade do SUS e assim se qualificarem para atuação
no sistema de saúde.
Os estágios de vivência não são novidade, nem mesmo no campo da saúde; a
história de realização dos estágios de vivencia é antiga e já teve inúmeras
experiências realizadas. Os estágios de vivencia aqui nominados como VER-SUS já
têm nessa marca uma identidade construída a partir da realização do VER-SUS/RS
em 2002, do VER-SUS/Brasil em 2004 e 2005 e diversas experiências locais após
esse período. Agora, mais uma edição do projeto foi lançada pelo Ministério da
Saúde através do Departamento de Atenção Básica/SAS e, agora, do Departamento
de Gestão da Educação na Saúde/SGTES e da sua rede de parceiros, trazendo
diretrizes que convergem com as atuais políticas prioritárias e que preveem a
organização das redes de atenção à saúde nas diversas regiões de saúde, tendo a
atenção básica como organizadora do processo de cuidado. Assim, esse projeto
pretende qualificar os futuros profissionais do SUS num espaço de formação e
trabalho que dialogue com os novos processos organizativos do SUS,
possibilitando aos estudantes um espaço privilegiado de interação e imersão no
cotidiano do SUS em diversos territórios do país.
O foco das
vivências serão as Redes de Atenção à Saúde, o entendimento do funcionamento
dessas redes e dos sistemas municipais e regionais de saude.
Esse cenário
deverá ser construído considerando o Decreto Nº 7.508/2011 e alguns conceitos
trazidos nele e pelas políticas prioritárias construídas pelo Ministério da
Saúde em parceria com CONASS e CONASEMS:
- Região de Saúde
- Portas de Entrada
- Mapa da Saúde
- Redes Temáticas (Cegonha, Urgência, Psicossocial, Pessoa com
Deficiência, Oncologia)
- RENASES e RENAME
- PMAQ/PNAB
- IDSUS e outros indicadores
- Facilitar a compreensão da lógica de funcionamento do SUS, seus
princípios e diretrizes.
- Reafirmar a saúde como direito social, fortalecendo uma consciência
sanitária, universitária.
- Inscrever/situar a luta pelo direito à saúde no debate ampliado do
fortalecimento da cidadania;
- Compreender a relação Estado/Sociedade no contexto do Direito à
saúde;
- Compreender o conceito ampliado de saúde;
- Referenciar as práticas pedagógicas e as lutas sociais do campo e
de populações historicamente excluídas como um instrumento de apoio à
formação dos estudantes e de construção da hegemonia de um projeto de
sociedade: Includente, Democrática e Plural.
- Provocar no estudante o compromisso ético-político nos processos de
transformação do setor saúde, refletindo acerca do seu papel enquanto
agente construtor e modificador das práticas sociais.
- Estimular a inserção dos estudantes no Movimento Estudantil e em
outros Movimentos Sociais;
- Sensibilizar individualmente cada ator social, de forma que possa
incrementar os processos de transformação quando de volta ao seu local
de inserção social;
- Estimular a atuação no controle social em saúde.
- Estimular discussões relativas à integração entre educação e
trabalho na saúde, articulando os gestores, trabalhadores e instituições
formadoras na perspectiva da reorientação das práticas de ensino e de
atenção.
- Contribuir para o amadurecimento da prática multiprofissional e
interdisciplinar.
- Favorecer a discussão de campo e núcleo de saberes e da
integralidade da atenção em saúde.
Estudantes
universitários interessados em participar dessa experiência de vivência no
cotidiano do SUS. O projeto não se destina exclusivamente aos estudantes de
graduações da área da saúde porque o campo da saúde coletiva e a construção do
SUS no Brasil necessitam das mãos de profissionais das diversas áreas do
conhecimento.
Fonte:
OTICS
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